Fernando Chacon: “Eu acredito que as pessoas devem amar tudo que fazem ao invés de procurar fazer coisas que amam”

Graduado em matemática pela PUC-SP com Especialização em Informática e Administração Financeira, Fernando Chacon fez da paixão por tecnologia e por facilitar a vida das pessoas a chave do seu sucesso no marketing brasileiro.

Após atuar como diretor financeiro no setor varejista, começou uma incrível jornada no setor financeiro, como passagens em cargos de liderança na Rede, Credicard e Itaú Unibanco. Foram mais de 25 anos, com destaque para a atuação como CMO do Itaú, uma das marcas mais valiosas do Brasil, por mais de 10 anos.

Hoje, Chacon lidera a Tech4Kids by Ubbu, uma startup de educação de tecnologia para crianças, e pilota com um amigo a Fratelli Garage, em São Paulo (SP). Entre as agendas apertadas de seu dia a dia frente a esses desafios, Fernando, integrante do Hall da Fama da Abramark, encontrou um tempo para nos atender e responder às nossas cinco perguntas.

Abramark – Fale um pouco sobre a Tech4Kids. Por que a escolha pela educação de tecnologia para crianças do Ensino Fundamental?

FC – Não é segredo para ninguém que a tecnologia trouxe uma profunda e irreversível mudança na vida das pessoas, digo, na forma como elas se relacionam e consomem, tanto produtos como conteúdo. E mesmo assim, contratação de pessoas para áreas de tecnologia sempre foi, e continua sendo, um grande desafio, sendo uma das raras áreas onde é possível existir mais vagas do que pessoas habilitadas para ocupá-las. Em uma era de intensas transformações digitais, o futuro das profissões certamente envolverá, direta ou indiretamente, computação e tecnologias digitais.

As escolas precisam garantir aos jovens aprendizagens para uma sociedade em constante mudança. Quando as escolas aproximam crianças do mundo digital, a tecnologia se torna uma trilha de carreira, uma opção de vida. É neste cenário que a Tech4Kids surge com o propósito de ampliar as possibilidades profissionais para os jovens brasileiros, oferecendo formação tecnológica desde a mais tenra idade.

Abramark – Sabemos que o senhor é sócio da Fratelli Garage Multimarcas, na zona oeste de São Paulo. Quais serviços a Fratelli oferece? De onde veio a paixão por carros?

FC – Fratelli é o sonho de criança realizado com um mais do que amigo, um irmão ─ daí o nome da empresa, irmãos, em italiano, origem de ambos os sócios ─, profundo conhecedor de tudo que diz respeito a carros, operando neste mercado há mais de 35 anos. A Fratelli cuida de tudo que um carro precisa, cuidados estéticos e mecânicos. Pode-se dizer que somos “one stop shop” no que diz respeito a carros. Investimos em todas as mais modernas tecnologias e equipamentos, para cuidar de todo tipo de carro, não importando marca ou modelo.

Nosso propósito é cuidar de seu carro para que você tenha mais tempo e segurança para fazer tudo que você mais gosta. Ficamos na Rua Tito, 1525, Vila Romana. Venham nos visitar e conhecer uma Garage moderna, de piso claro e impecavelmente limpo o tempo todo. (@fratelli_garage_sp)

Abramark – Como avalia as recentes alterações nos meios de pagamentos e transferências como o Pix, e agora, ainda em fase de testes e com previsão de implantação em 2024, o advento do Drex?

FC – Sou imensamente favorável a qualquer iniciativa que melhore a vida das pessoas e que aumente a formalização da economia. O sistema financeiro brasileiro sempre esteve muito à frente do resto do mundo no sentido mais amplo possível: regulação, agilidade e qualidade de serviços.

O impacto do Pix foi extremamente positivo, permitindo que as pessoas pudessem realizar liquidação financeira imediata, 24 horas por dia, 7 dias da semana. Mas ainda exige conta bancária na origem e no destino.

O Drex chegará para endereçar justamente esta restrição, pois, usando as melhores tecnologias, permitirá que duas pessoas transacionem em dinheiro sem ter que portar cédulas ou moedas. Entendo que será um passo imenso para o desenvolvimento e amadurecimento de nossa economia.

Abramark – Marcas de bancos tradicionais e demais players do mercado financeiro têm sofrido com a concorrência acirrada de fintechs e outras startups, muitas delas capitalizadas. Como acha que esse mercado ficará em médio prazo? Haverá grandes consolidações? Players de menor expressão conseguirão triunfar?

FC – Paul Baran foi um dos inventores da internet, por volta dos anos 1960, desenvolvendo soluções para que uma comunicação chegasse ao destino final, mesmo que os meios estivessem comprometidos. E volto a ele para dizer que, hoje em dia, temos clareza que a sociedade toda vive em rede. O que faz o conhecimento das pessoas evoluir ao longo do tempo é justamente esta relação em rede. Pense que ao pegar um único ponto de uma rede de pesca, por exemplo, e levantá-lo, inevitavelmente levantaremos os pontos próximos. E assim por diante com toda a rede. Quanto mais um ponto é levantado, todos outros vão subindo também.

Trouxe esta analogia para dizer que o que faz o mercado evoluir é a concorrência, por provocar inquietações e desenvolvimento perene. É isso que faz com que grandes marcas se reinventem e continuem fazendo parte da vida das pessoas ao longo do tempo.

Isso posto, não diria exatamente que “os demais players do mercado financeiro” estejam sofrendo com a concorrência, até porque observando os indicadores de negócio do segmento, percebemos que o que continua afetando, positivamente ou negativamente, são as decisões de negócio e não necessariamente a concorrência.

Entendo que o mercado financeiro é uma locomotiva neste processo constante de transformação da sociedade e que, como em todos os mercados, muitos prosperarão e outros provavelmente não. Fusões e aquisições são uma constante neste mercado e continuarão ocorrendo, respeitadas a condições concorrenciais impostas pelos órgãos reguladores.

Finalizando, continuo acreditando que o atributo mais relevante para a escolhas das pessoas, neste segmento, é a confiança. As empresas que conquistarem a confiança dos consumidores terão imensa chance de prosperar neste mercado.

Abramark – Que conselhos ou dicas deixa para estudantes e novos(as) profissionais de marketing ou varejo que desejam prosperar, crescer e deixar um legado?

FC – Eu acredito que as pessoas devem amar tudo que fazem ao invés de procurar fazer coisas que amam. Sei que parece um trocadilho semântico, mas sempre fui perguntado, ao longo de minha carreira, o que eu tinha feito para encontrar as atividades que mais amava fazer. Essa pergunta me trazia um certo inconformismo, porque tudo que você faz com muito amor e dedicação, costuma ter incríveis resultados.

Ficar procurando por coisas que te fazem feliz pode significar muita perda de tempo, a variável mais relevante de nossas vidas. Para isso funcionar, aproxime-se de pessoas e empresas que acreditam nas mesmas coisas que você. Já será um grande passo para se realizar…. E fazer tudo com muito amor e dedicação.

#Abramark, #Marketing, #Publicidade, #Criativos

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